segunda-feira, 27 de abril de 2009

Inauguração de PAISAGENS, de Ana Paula Albé

Pela primeira vez em Portugal, Ana Paula Albé mostra os seus trabalhos fotográficos com a exposição PAISAGENS. A inauguração decorreu ontem, dia 22 de Abril, na Casa da América Latina, onde as obras estarão expostas até dia 2 de Junho.

PAISAGENS parte das séries "Tacos" e "Rodapés", nas quais a artista fotografou tacos de madeira, rodapés em decomposição e pedaços de parede onde a pintura surge rachada. Captando pormenores destes objectos em processo de destruição, as obras surgem como surpreendentes paisagens naturais – paisagens quotidianas, embora afastadas de nossa percepção imediata. Nas palavras do crítico José Sousa Machado, as imagens criadas por Ana Paula Albé revelam “uma polaridade constante entre a destruição e a possibilidade de criação ou renovação. À maneira dos apocalipses, para os quais se exige a completa ruína do presente como condição necessária ao ressurgimento de uma nova criação liberta da matéria espúria.”

Ana Paula Albé nasceu no Rio de Janeiro em 1974. É formada em Jornalismo e Publicidade pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Actualmente colabora e desenvolve projectos artísticos que envolvem fotografia, vídeo e performance em São Paulo, cidade onde vive e trabalha desde 2005.

Raúl Carnota no São Luiz Teatro Municipal

Numa parceria entre a Casa da América Latina e o São Luiz Teatro Municipal, o músico folk argentino Raúl Carnota actuou pela primeira vez em Lisboa no dia 18 de Abirl. Com mais de 30 anos de carreira, Raúl Carnota é uma referência para as novas gerações da música tradicional argentina. Neste concerto, apresentou-se em trio com os músicos Martín Bruhn na percussão e Pablo Fraguela ao piano. O concerto partiu do álbum "Solo los martes", editado em 2000. O Raúl Carnota Trio trouxe ao Jardim de Inverno do São Luiz um pouco do que é a música argentina de raíz folclórica.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Sétimo Aniversário da “Semana del Bravo Pueblo” na CAL

Numa semana dedicada a marcos da história passada e recente da América Latina, celebrou-se esta semana na CAL o sétimo aniversário da "Semana del Bravo Pueblo", numa iniciativa da Embaixada da República Bolivariana da Venezuela em Lisboa.

A 11 de Abril de 2002 realizou-se uma marcha de oposição ao governo de Hugo Chávez, em direcção ao Palácio de Miraflores - residência oficial do Presidente da Venezuela, em Caracas, tendo o presidente da Fedecámaras Pedro Carmona Estanga assumido a presidência da Venezuela sem eleição, num acto qualificado como "golpe de Estado". No dia 13 de Abril de 2002 parte da população saiu às ruas para exigir o regresso do Presidente Hugo Chávez, que voltou à presidência na madrugada de 14 de Abril.

As celebrações na CAL contaram com a inauguração da exposição de fotografia “Venezuela Tierra Mágica”, do venezuelano Roberto Colantoni e com a projecção de “Puente Llaguno las Claves de una Masacre”, de Angel Palácios, num documentário que revela imagens, testemunhos e acontecimentos chave que marcaram a “Semana del Bravo Pueblo”.

Comemoração dos 400 anos dos “Comentários” de Inca Garcilaso de la Vega

A 13 de Abril, segunda-feira, a Casa da América Latina uniu-se à Embaixada do Peru em Lisboa para celebrar os 400 anos da publicação em Lisboa de "Comentários Reales de los Incas" (1609), do peruano Inca Garcilaso de la Veja, o primeiro escritor mestiço americano, com uma conferência realizada pelo antropólogo do ISCTE Jorge Freitas Branco intitulada: “Nos 400 anos dos ‘Comentários’ Inca Garcilaso de la Vega. Artefactos de Memória e Trânsito de Culturas”.

Baptizado como Gómez Suárez de Figueroa, em homenagem a um dos seus avós, o Inca Garcilaso de la Vega nasceu em Cusco a 12 de abril de 1539, poucos anos após a morte de Atahualpa, o último soberano inca. Filho do capitão Sebastián Garcilaso de la Vega Vargas, conquistador pertencente à nobreza de Castela e de Palla Chimpu Ocllo, baptizada como Isabel, neta do Inca Túpac Yupanqui e sobrinha do Inca Huayna Cápac, Inca Garcilaso de la Vega personifica o encontro de culturas e a valorização do encontro entre o Ocidente e a América Latina. Estudiosos de literatura e americanistas de todo o mundo têm-se dedicado à análise da sua obra, que, além de mérito literário, revela um olhar intercultural ao mostrar o Império Inca à luz da cultura ocidental.

Jorge Freitas Branco, professor de antropologia no ISCTE, tem trabalhado sobre museus, tecnologias e o mundo rural, destacando-se a sua experiência na América Latina, onde desenvolveu trabalho de campo na região amazónica colombiana.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

À Conversa com Tatiana Árias





B.I
Nome: Tatiana Arias
Idade: 33
Nacionalidade: Venezuelana
Cidade onde nasceu: Caracas
Profissão: Consultora de Comunicação
Em Portugal desde…: 2005

A entrevista decorreu no dia 26 de Janeiro de 2009